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Blog Freitag

29.09.2022

A Importância da Biossegurança

As diretrizes da biossegurança tem como intuito mensurar o grau de risco, assegurando que o mesmo se mantenha em um nível baixo. Os riscos foram classificados pela Organização Mundial da Saúde como: biológicos, químicos, físicos, radioativos ou ergonômicos. Para determinarmos uma forma de prevenção, é necessário primeiramente analisarmos o risco, pois os métodos de proteção são preestabelecidos de acordo com o seu grau. A análise irá abranger: o profissional que realiza a manipulação – idade, sexo, condição física; o local onde o profissional atua – aparelhos disponíveis, local adequado para descarte de materiais contaminados; e também o micro-organismo que está sendo manipulado – grau de virulência, transmissão, forma de eliminação do micro-organismo, etc… (ROSSETE, 2016).

O conceito de biossegurança começou a ser mais fortemente construído no início da década de 1970, após o surgimento da engenharia genética. O procedimento pioneiro utilizando técnicas de engenharia genética foi a transferência e expressão do gene da insulina para a bactéria Escherichia coli (P.M.M. Penna, et al. 2010).

Na área da saúde, ocorrem diversos processos laboratoriais como por exemplo a manipulação de contaminantes e agentes patológicos com alto, médio e baixo risco à saúde humana. A biossegurança objetiva promover não só a proteção direta ao indivíduo que manipula estes micro-organismos em ambientes laboratoriais, como também dos demais seres vivos, quais estão ligados indiretamente através do meio ambiente, que podem ser contaminados em casos de descarte incorreto dos materiais já infectados (SILVA, 2015).

O grau dos riscos biológicos é estipulado pelo Ministério da Saúde, juntamente com a Organização Mundial da Saúde e a Comissão de Biossegurança em Saúde, quais indicam que existem 4 níveis de riscos biológicos, conforme consta abaixo na figura 1 abaixo:

Figura 1: Níveis de risco

Mediante às informações apresentadas acima, é válido ressaltar que o principal objetivo da Organização Mundial da Saúde é garantir que a teoria da biossegurança seja aplicada de forma segura e consciente na prática, pois com a padronização dos procedimentos, a assertividade é garantida e o sistema de qualidade se mantém estável. (Ministério da Saúde et al, 2017).

Para garantir a biossegurança, temos os EPIs e EPCs:

  • EPIs: Equipamento de Proteção Individual, como seu próprio nome diz, o mesmo é de uso individual e atua na proteção contra quaisquer danos que podem ser causados à saúde do trabalhador. Como por exemplo: luvas, máscara, jaleco, etc.
  • EPCs: Equipamento de Proteção Coletiva, são equipamentos que auxiliam na proteção aos riscos que podem ser causados pelo ambiente de trabalho e também para controlar algum possível acidente de trabalho. Como por exemplo: Lava olhos, chuveiros de segurança, etc. (Santos, Helen, P, A. 2019).

A biossegurança possui papel indispensável na saúde pública, tendo em vista que baseia-se também na conduta de isolamento social, qual faz-se de suma importância para evitar a contaminação e propagação de doenças altamente infecciosas. Como por exemplo, a situação que está sendo vivenciada nos dias de hoje, pelo COVID-19 que acometeu não somente um país, mas sim o mundo todo e foi classificada como uma pandemia, devido sua alta capacidade de disseminação. São estes os momentos em que temos a percepção da importância e relevância das normas e protocolos de biossegurança, pois é com base na situação atual, que podemos determinar qual a melhor forma para nos prevenir, e assim erradicar a doença. (CARDOSO, Telma, A, O. 2016).

Estudos apontam a eficácia da realização de treinamentos, essa intervenção ocorre através da educação continuada, com cursos aplicados em forma de nivelamento, para graduandos, e também em formato de reciclagem, para já graduados. Abaixo, contamos com a Figura 3, onde aponta uma pesquisa realizada pelo Instituto Adolfo Lutz, qual indica o índice de assertividade em pré e pós-capacitação:

Contudo, é possível concluir que a efetividade na proteção, depende sobretudo da maneira que o protocolo será executado, ou seja, não basta apenas existir protocolos e manuais disponíveis, mas sim conscientizar as pessoas a colocá-los em prática da forma adequada à situação.

REFERÊNCIAS

(ROSSETE, Celso, A. Biossegurança, p. 3-28. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016);

(P.M.M. Penna, et al. Artigo de Revisão, Biossegurança: Uma revisão. 2010);

(SILVA, Gustavo, C. et al. Biossegurança: perspectivas na área da saúde. 2015);

(Ministério da Saúde et al. Classificação de Risco dos Agentes Biológicos. P 9-16. 3ª edição. Brasília-DF, 2017);

(Santos, Helen, P, A. A importância da biossegurança no laboratório clinico de Biomedicina, p 213-217. 11ª edição 2019);

(CARDOSO, Telma, A, O. Biossegurança e qualidade dos serviços de saúde, p, 92-106. Editora Intersaberes, 1ª edição, 2016).

Autora: Marilene Senem – Técnica de Microbiologia do Freitag Laboratórios.

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