Cuidados na seleção do método de alumínio
O Alumínio é um metal abundante no meio ambiente, podendo ser encontrado no solo, na água, no ar e em plantas. O seu controle é de suma importância, uma vez que em concentrações superiores a 1,5 mg/L constituem um perigo de toxicidade.
Os seres humanos estão diretamente expostos a este metal, visto que seu uso é amplo nos tratamentos de água, na indústria alimentícia, farmacêutica, siderúrgica entre outras.
Entre as doenças decorrentes dos efeitos tóxicos do alumínio está a doença de Alzheimer e problemas renais.
A quantificação deste elemento tem despertado muita atenção para os analistas, visto que há vários métodos de análises, mas deve-se fazer uma avaliação profunda da matriz a ser analisada, pois entre as metodologias, muitas possuem limitações e interferentes.
O método mais difundido é por reação colorimétrica, que consiste numa reação com o reagente Eriocromo de Cianina R, que produz uma reação colorimétrica na cor vermelha a rosa. O desenvolvimento desta cor se dá pela concentração de alumínio na amostra.
Este método é rápido e barato, porém, é limitado por inúmeros interferentes, sendo o principal a presença de turbidez (sólidos suspensos).
Quando falamos em analisar a matriz água tratada, aquela utilizada para abastecimento público, o maior interferente é o flúor, pois a PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 5, DE 28 DE SETEMBRO DE 2017, exige que água tratada para consumo humano, deva ser fluoretada, sendo assim, é adicionado intencionalmente este interferente na água.
A presença desse íon (flúor), pode proporcionar a diminuição da concentração de alumínio, pois o flúor forma compostos muito estáveis com o alumínio, complexando-o e diminuindo podendo em alguns casos levar a um resultado negativo, fato este é constatado quando o laboratório utiliza outro método para a quantificação de alumínio, como por exemplo a espectrometria de absorção atômica (AAS), espectrometria de emissão ótica com plasma indutivamente acoplado (ICP – OES), a fluorescência de raios X com dispersão por comprimento de onda (WD – XRF) entre outros. ( SMWW 23ed.). Pois estas metodologias empregam calor, irradiação intensa e pressão, proporcionando a liberação, quebra destes complexos, assim facilitando a sua disponibilidade na amostra.
O Freitag Laboratórios, investe a anos em tecnologias de ponta, para minimizar os interferentes, aumentar a sensibilidade dos compostos e trazer uma maior segurança nos resultados liberados.
Autor: Guilherme Freitag – CTO / Diretor Técnico Freitag Laboratórios