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Blog Freitag

29.09.2022

“Nem toda a espuma é detergente” – Conhecendo um pouco mais sobre Surfactantes

Os Surfactantes Aniônicos são compostos orgânicos que se caracterizam por serem moléculas com uma cabeça polar, ou seja, de carga negativa. Os produtos gerados nessa classe são de produção simples e barata, o que reflete sua presença na maior parte dos surfactantes produzidos mundialmente. Carboxilatos, sulfatos, sulfonatos e fosfatos são grupos polares pertencentes aos surfactantes aniônicos. Resumidamente os Surfactantes nada mais são que detergentes.

De maneira geral, os detergentes domésticos ou industriais são a principal fonte de surfactantes quando despejados nas águas naturais ou nos efluentes, sendo uma característica marcante a formação de espumas. Isso ocorre devido a sua tendência de se reunir na interface entre a fase aquosa e a outras fases do sistema, pois suas moléculas são compostas por partes hidrofílicas (Gosta de água) e hidrofóbica (Não gosta de água).

Além dos surfactantes mais comuns, outros compostos podem contribuir positivamente para a quantificação que não sejam detergentes em si, como: Cloretos e Sulfatos em altas concentrações, e principalmente óleos e lubrificantes, em virtude disso a maior demanda deste ensaio são provenientes de CSAO’s e postos de combustíveis, pois a participação desses é gigantesca.

A legislação hoje prevista é de no máximo 2 mg LAS/L presentes no efluente. A ferramenta principal utilizada para se realizar essa quantificação consiste em um “KIT”, o qual é composto por uma série de reagentes já prontos para execução da análise. No caso do ensaio de surfactantes, consistem em cubetas de vidro para leitura em espectrofotômetro compostas por uma fase orgânica (Clorofórmio).

Nessas cubetas a amostra é pipetada e reagida com solução de azul de metileno e uma solução lavadora. Após agitação e tempo de reação adequados, os surfactantes serão retidos na fase orgânica, caracterizados pela presença da coloração azulada do clorofórmio. Finalmente, a leitura das cubetas no espectrofotômetro utilizando a curva de calibração desse método revelará a concentração do parâmetro em mg LAS/L, através da absorbância.

Além do método de KIT (mais comum), podemos extrair a amostra por funil de separação, fazendo uso de mais volumes de amostra e reagentes, incluindo preparo por sublimação para obtenção de “surfactantes dissolvidos” (processo que elimina muitos interferentes).

Autor: João Victor Mafra

Técnico de Laboratório do Setor de Clássicos do Freitag Laboratórios

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