Do que trata-se a Espectroscopia molecular?
Na busca pela excelência, qualidade e melhor atendimento aos nossos clientes, nossa equipe integrou ao setor de Clássicos um moderno equipamento que além de suprir uma demanda já existente, o ensaio de Óleos e Graxas, nos permite um mundo de possibilidades em diversas áreas de atuação.
Tal investimento trata-se de um FTIR (traduzido do inglês: Infravermelho com Transformada de Fourier). Mas afinal, o que esse nome nada comum traduz na prática?!? O que ele impacta na minha vida?!? Qual o impacto desta técnica em minhas análises?!?
Bom, primeiro precisamos conhecer qual o princípio de funcionamento do FTIR. A espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier é uma técnica instrumental bem estabelecida e poderosa, com ela conseguimos informações detalhadas sobre a composição química das amostras, sejam elas sólidas, líquidas ou gasosas. Esta técnica pertence ao ramo da instrumentação de Espectroscopia Molecular.
Em segundo, precisamos esclarecer que produtos são constituídos de moléculas e que, moléculas são formadas por átomos, mas disso nós sabemos. No entanto, cada átomo se liga a outro de formas diferentes, dependendo de vários fatores como temperatura, pressão, se está líquido, gasoso, em solução ou em pó… enfim, isso deixamos para os engenheiros de processo, onde quero chegar com isso é que, dependendo da forma em que essas moléculas são formadas, elas adquirem uma identidade que podemos comparar a nossa impressão digital, cada um tem a sua.
Sabendo disso, que cada molécula possui uma “impressão digital”, e que essa impressão digital é traduzida em “energia de ligação”, o FTIR possui uma fonte de luz infravermelha (energia) que vai atravessar a amostra e assim ler todas as digitais presentes nela, logo, ele nos consegue dizer qual a constituição daquela amostra que estamos analisando.
“Ok, mas se eu colocar um canudo descartável nele, eu vou saber de qual plástico esse canudo é feito?” Exatamente, o FTIR é capaz de identificar uma infinidade de materiais sem destruir a amostra através de um módulo específico para esta finalidade.
Tal tecnologia nos permitirá analisar tanto Óleos e Graxas com muito mais agilidade e precisão, contribuindo na melhora de entrega dos resultados deste parâmetro, como também nos abre portas para o ramo de materiais, e, dentro deste mundo quase não há limites. Este equipamento nos permite analisar qual a constituição de materiais poliméricos que vão desde plásticos simples, polímeros de engenharia, polímeros de baixa e alta densidade, copolímeros até polímeros naturais, materiais celulósicos, fármacos, narcóticos, laborais, combustíveis líquidos e gasosos. Mas não somente em produtos industriais, há possibilidade de análise em proteínas, açúcares, biomoléculas, cosméticos… dentre outros tantos.
A partir de então, novos métodos serão desenvolvidos para continuarmos atendendo amplamente as demandas dos mais variados ramos da indústria e mercado em geral, com a possibilidade de atendimento do início ao final do seu processo produtivo. Desde a análise de qualidade da matéria prima, da pureza do produto final, até o final do tratamento das ETEs.
Por: Wilson Roberto Cordeiro de Souza – Técnico de Laboratório – Setor de Clássicos