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Blog Freitag

29.09.2022

Nas entrelinhas da ISO 17025: correlação de resultados.

A validade dos resultados é garantida através de diversas ferramentas da qualidade, como o uso de padrões, avaliação de tendências em cartas controles, garantia de equipamentos calibrados, etc. No entanto, mesmo com tudo isso, podemos acabar nos deparando com situações de resultados não muito coerentes com a amostra ou com os demais ensaios. Como prosseguir neste caso?

Uma ferramenta importante para avaliar, não apenas valores questionáveis, mas o relatório como um todo é correlacionando os resultados entre os ensaios.

Já chegaram a questionar um laboratório acreditado sobre isso?

Trata-se de um requisito obrigatório da ISO 17025 (7.7.1 h)

A correlação de resultados de ensaio significa que existem relações entre os resultados de uma mesma amostra. Essas relações, muitas vezes, ajudam a provar se um valor está condizente com todas as demais características da amostra.

Exemplos comuns deste tipo de avaliação é quando determinamos que uma DBO – demanda bioquímica de oxigênio – será sempre de valor inferior ou, no máximo, igual a DQO – demanda química de oxigênio. Ou ainda, que um ensaio de sólidos totais, sempre representará a soma dos sólidos dissolvidos e suspensos, portanto as frações não poderão ser maiores significativamente do que o valor total.

Logicamente, ensaios distintos possuem suas próprias incertezas, as quais, trazem variações e exceções à regra, mas não a ponto de comprometer a correlação existente. Cabe sempre ao analista, comprometido com a qualidade do ensaio, no momento da liberação, entender e avaliar criticamente o resultado.

A correlação ainda pode ser observada quando a amostra possui características distintas.

Sabe aquela saída de efluente que foi contaminada com cloro? Este fato já justifica o baixo crescimento microbiológico, consequente baixa DBO, pH extremo e DQO alta. Os acúmulos de cloro podem interferir em uma série de ensaios colorimétricos/titulométricos prejudicando a sua precisão. Neste tipo de caso, o laboratório precisa possuir meios de tratar estas amostras e minimizar o impacto dos interferentes.

Fiquem atentos! As vezes um valor sozinho que “deu fora” no relatório pode ter relação direta com outros que, inclusive, podem ter ficado dentro do esperado. Uma caixa separadora que apresentou resultado de surfactantes dentro do permitido, mas ainda assim, próximo ao limite, pode trazer associados a este, a presença de fenóis, óleos e graxas ou orgânicos/voláteis em valores indesejados.

Para que a correlação seja avaliada corretamente por nós, continuamente pedimos informações de campo, dos pontos de coleta, da atividade do cliente, etc., para enriquecer a execução das atividades de laboratório, eliminar interferentes e garantir a qualidade final dos resultados.

A correlação garante uma análise crítica mais precisa…

Como consequência, temos um resultado muito mais robusto e confiável.

Autores:

André R. do Prado – Gestor Técnico do Setor de Clássicos Wilson R.C. Souza – Técnico de Laboratório do Setor de Clássicos.

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