PLÂNCTON E SUA IMPORTÂNCIA NOS ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS
O QUE SÃO PLÂNCTONS?
Os plânctons são organismos microscópicos que flutuam e se deslocam passivamente em ambientes aquáticos. Eles desempenham um papel vital nos ecossistemas, servindo como base da cadeia alimentar. Existem dois tipos principais:
ZOOPLÂNCTONO que são?São pequenos animais ou organismos heterotróficos, ou seja, que não produzem seu próprio alimento. Podem ser protozoários, pequenos crustáceos, larvas de peixes e outros organismos marinhos.
Onde vivem?Habitam tanto águas marinhas quanto água doce, em todas as camadas da coluna d'água. Eles podem migrar entre diferentes profundidades para evitar predadores e procurar alimento.
Importância:São responsáveis por consumir fitoplâncton e outros pequenos organismos, sendo a principal fonte de alimento para peixes e outros animais maiores
Diminuição de zooplâncton na água:
Aumento de fitoplâncton: O zooplâncton é um dos principais consumidores de fitoplâncton. Sua redução pode causar uma proliferação excessiva de algas, levando à eutrofização, que é quando há um aumento excessivo de nutrientes na água, e à diminuição da qualidade da água.
Menor disponibilidade de alimento: Peixes e outros organismos que dependem do zooplâncton para se alimentar podem ser afetados, resultando em uma cadeia alimentar comprometida.
Alterações na transparência da água: Com menos zooplâncton filtrando o fitoplâncton, a água pode se tornar mais turva.
Aumento de zooplâncton:
Controle do fitoplâncton: O aumento de zooplâncton pode ajudar a controlar o crescimento do fitoplâncton, melhorando a qualidade da água e reduzindo o risco de eutrofização.
Maior oferta de alimento: Um maior número de zooplâncton favorece a abundância de peixes que se alimentam desses organismos, fortalecendo a cadeia alimentar.
Desequilíbrio ecológico: No entanto, se o aumento for excessivo, pode haver competição entre diferentes espécies de zooplâncton, levando a desequilíbrios populacionais.
O que são?São organismos microscópicos autotróficos, ou seja, que produzem seu próprio alimento através da fotossíntese. Incluem algas microscópicas e cianobactérias.
Onde vivem?Vivem na superfície dos ambientes aquáticos, onde há luz suficiente para realizar a fotossíntese. Estão presentes em oceanos, lagos e rios.
Importância:São a base da cadeia alimentar aquática e responsáveis pela produção de grande parte do oxigênio do planeta. Também removem dióxido de carbono da atmosfera.
Diminuição de fitoplâncton:
Redução da base da cadeia alimentar: Como o fitoplâncton é a principal fonte de energia para o zooplâncton e outros organismos aquáticos, sua diminuição pode afetar toda a cadeia alimentar, incluindo peixes e outras espécies marinhas.
Menor oxigenação da água: O fitoplâncton realiza fotossíntese e contribui para a liberação de oxigênio na água. Sua redução pode levar a menores níveis de oxigênio, afetando negativamente organismos que dependem desse gás.
Maior clareza da água: A redução do fitoplâncton pode aumentar a transparência da água, mas também pode indicar uma diminuição na produtividade do ecossistema.
Aumento de fitoplâncton:
Proliferação de algas: Um aumento excessivo de fitoplâncton, muitas vezes causado pelo excesso de nutrientes (nitrogênio e fósforo), pode resultar em proliferações algais que prejudicam a qualidade da água e podem liberar toxinas nocivas aos organismos aquáticos e à saúde humana.
Redução de oxigênio: Durante a decomposição de grandes quantidades de fitoplâncton morto, há um consumo elevado de oxigênio, resultando em zonas mortas (hipóxicas), onde os níveis de oxigênio são insuficientes para a vida aquática.
Alteração na cadeia alimentar: O aumento pode beneficiar espécies que se alimentam diretamente de fitoplâncton, mas também pode causar um desequilíbrio, prejudicando outras espécies sensíveis às mudanças ambientais.
O que são?São bactérias fotossintéticas também conhecidas como "algas azuis". Apesar de serem bacterianas, funcionam de maneira similar às plantas na produção de oxigênio.
Onde vivem?Estão presentes em ambientes aquáticos de água doce e salgada, preferindo locais com alta disponibilidade de nutrientes. Também podem se adaptar a condições extremas, como águas muito quentes ou alcalinas.
Importância:Além de participarem da cadeia alimentar, as cianobactérias são fundamentais na fixação de nitrogênio, transformando o gás nitrogênio em formas utilizáveis por outros organismos.
Diminuição de cianobactérias:
Melhoria da qualidade da água: As cianobactérias, em grandes quantidades, estão associadas à deterioração da qualidade da água, incluindo a produção de toxinas. Sua diminuição pode resultar em águas mais limpas e seguras para o consumo humano e recreação.
Redução do risco de toxinas: Muitas espécies de cianobactérias produzem cianotoxinas, substâncias prejudiciais para a vida aquática e a saúde humana. Com a diminuição das cianobactérias, o risco de intoxicação de peixes, animais e humanos é menor.
Menor interferência na cadeia alimentar: A diminuição de cianobactérias favorece o crescimento de outras formas de fitoplâncton, que são mais adequadas para a alimentação de zooplâncton e outros organismos aquáticos.
Aumento de cianobactérias:
Proliferação de algas tóxicas: Um aumento excessivo de cianobactérias, muitas vezes chamado de "florescimento de algas", pode produzir cianotoxinas prejudiciais, que afetam a saúde de peixes, mamíferos aquáticos e seres humanos, causando doenças e até morte em casos graves.
Diminuição do oxigênio: A decomposição de grandes quantidades de cianobactérias mortas consome muito oxigênio, criando condições de hipóxia (baixo oxigênio) ou anóxia (ausência de oxigênio) na água, o que pode resultar em zonas mortas, onde a vida aquática não consegue sobreviver.
Alteração na cadeia alimentar: O aumento das cianobactérias pode desequilibrar a cadeia alimentar, prejudicando o desenvolvimento de zooplâncton e peixes que dependem de fitoplâncton não tóxico como alimento.
Poluição da água: Contaminação por metais pesados, esgoto ou produtos químicos pode eliminar plânctons, especialmente o fitoplâncton e cianobactérias, que são sensíveis a essas mudanças.
Aumento da temperatura da água: Mudanças climáticas podem alterar o equilíbrio de nutrientes e a temperatura, impactando a sobrevivência dos plânctons.
Falta de nutrientes: A ausência de nutrientes essenciais, como nitrogênio e fósforo, pode reduzir drasticamente a população de fitoplâncton e, por consequência, de zooplâncton.
Eutrofização: O excesso de nutrientes devido ao escoamento agrícola ou esgoto pode causar o crescimento exagerado de algas e cianobactérias, levando à redução de oxigênio na água e eliminando várias espécies de plâncton.
Alteração no pH: Mudanças no pH da água, devido à poluição ou outras influências, podem inviabilizar a sobrevivência de várias espécies de plâncton.
Amostragem: A coleta de amostras de forma incorreta pode causar problemas. Alguns fatores que contribuem com isso são: Escolher lugares que não representam bem o ambiente, como áreas com baixa atividade biológica, usar técnicas inadequadas (como redes que não são apropriadas), ou o volume coletado em excesso ou em escassez, pode levar a resultados imprecisos. Além disso, se não houver cuidado na preservação das amostras, isso também pode afetar os resultados. Isso pode causar a subestimação ou superestimação da presença de plâncton, comprometendo a avaliação real da saúde do ecossistema aquático.
Chuvas intensas: Precipitações excessivas podem afetar a qualidade da água e a população do plâncton. Elas podem aumentar o escoamento superficial, levando sedimentos, poluentes e nutrientes como fertilizantes agrícolas para corpos d'água. Isso pode alterar a transparência, o pH e a concentração de nutrientes na água, afetando diretamente o plâncton. Além disso, chuvas intensas podem causar flutuações bruscas na temperatura e nos níveis de oxigênio, impactando negativamente as espécies sensíveis.
A preservação dos plânctons é essencial para manter o equilíbrio ecológico dos ambientes aquáticos. A ausência desses organismos pode causar colapsos nas cadeias alimentares, impactando a biodiversidade e a saúde dos ecossistemas.
Lembre-se: cuidar da água é cuidar da vida!
In English:
PLANKTON AND ITS IMPORTANCE IN AQUATIC ECOSYSTEMS
WHAT ARE PLANKTON?Plankton are microscopic organisms that float and move passively in aquatic environments. They play a vital role in ecosystems, serving as the foundation of the food chain. There are two main types:
ZOOPLANKTONWhat are they?They are small animals or heterotrophic organisms, meaning they do not produce their own food. They can be protozoa, small crustaceans, fish larvae, and other marine organisms.Where do they live?They inhabit both marine and freshwater environments, in all layers of the water column. They may migrate between different depths to avoid predators and search for food.Importance:They are responsible for consuming phytoplankton and other small organisms, being the main food source for fish and other larger animals.
Decrease in zooplankton:
Increase in phytoplankton: Zooplankton are the primary consumers of phytoplankton. Their reduction can cause excessive algae growth, leading to eutrophication, which is an excessive nutrient increase in water, and a decline in water quality.
Reduced food availability: Fish and other organisms that depend on zooplankton for food may be affected, resulting in a disrupted food chain.
Changes in water transparency: With fewer zooplankton filtering phytoplankton, the water can become cloudier.
Increase in zooplankton:
Phytoplankton control: An increase in zooplankton can help control phytoplankton growth, improving water quality and reducing the risk of eutrophication.
Increased food supply: A greater number of zooplankton supports the abundance of fish that feed on these organisms, strengthening the food chain.
Ecological imbalance: However, if the increase is excessive, there can be competition between different zooplankton species, leading to population imbalances.
PHYTOPLANKTONWhat are they?They are microscopic autotrophic organisms, meaning they produce their own food through photosynthesis. They include microscopic algae and cyanobacteria.Where do they live?They live on the surface of aquatic environments, where there is enough light for photosynthesis. They are present in oceans, lakes, and rivers.Importance:They are the base of the aquatic food chain and are responsible for producing a large portion of the planet’s oxygen. They also remove carbon dioxide from the atmosphere.
Decrease in phytoplankton:
Reduction in the food chain base: Since phytoplankton is the main energy source for zooplankton and other aquatic organisms, its decline can affect the entire food chain, including fish and other marine species.
Reduced water oxygenation: Phytoplankton perform photosynthesis and contribute to the release of oxygen into the water. Their reduction can lead to lower oxygen levels, negatively affecting organisms that depend on this gas.
Greater water clarity: The reduction of phytoplankton may increase water transparency but may also indicate a decrease in ecosystem productivity.
Increase in phytoplankton:
Algae blooms: Excessive growth of phytoplankton, often caused by an excess of nutrients (nitrogen and phosphorus), can lead to algal blooms that harm water quality and may release toxins harmful to aquatic organisms and human health.
Oxygen depletion: During the decomposition of large amounts of dead phytoplankton, there is an increased consumption of oxygen, resulting in dead zones (hypoxic areas), where oxygen levels are insufficient for aquatic life.
Food chain alteration: The increase can benefit species that feed directly on phytoplankton but can also cause an imbalance, harming other species sensitive to environmental changes.
CYANOBACTERIAWhat are they?They are photosynthetic bacteria also known as "blue-green algae." Although bacterial, they function similarly to plants in oxygen production.Where do they live?They are found in both freshwater and marine environments, preferring areas with high nutrient availability. They can also adapt to extreme conditions, such as very warm or alkaline waters.Importance:In addition to participating in the food chain, cyanobacteria are essential in nitrogen fixation, converting nitrogen gas into forms usable by other organisms.
Decrease in cyanobacteria:
Improved water quality: Cyanobacteria in large quantities are associated with water quality deterioration, including toxin production. Their reduction can result in cleaner and safer water for human consumption and recreation.
Lower toxin risk: Many species of cyanobacteria produce cyanotoxins, harmful substances to aquatic life and human health. With fewer cyanobacteria, the risk of poisoning for fish, animals, and humans is reduced.
Less interference in the food chain: The reduction of cyanobacteria favors the growth of other forms of phytoplankton, which are more suitable as food for zooplankton and other aquatic organisms.
Increase in cyanobacteria:
Toxic algae blooms: Excessive growth of cyanobacteria, often called “algal blooms,” can produce harmful cyanotoxins that affect the health of fish, aquatic mammals, and humans, causing illness and even death in severe cases.
Oxygen depletion: The decomposition of large amounts of dead cyanobacteria consumes a lot of oxygen, creating hypoxic (low oxygen) or anoxic (no oxygen) conditions in the water, resulting in dead zones where aquatic life cannot survive.
Food chain disruption: The increase in cyanobacteria can unbalance the food chain, harming the development of zooplankton and fish that rely on non-toxic phytoplankton as a food source.
WHAT CAN LEAD TO THEIR ABSENCE?
Water pollution: Contamination by heavy metals, sewage, or chemicals can eliminate plankton, especially phytoplankton and cyanobacteria, which are sensitive to these changes.
Increase in water temperature: Climate change can alter the balance of nutrients and temperature, impacting plankton survival.
Lack of nutrients: The absence of essential nutrients such as nitrogen and phosphorus can drastically reduce the population of phytoplankton and, consequently, zooplankton.
Eutrophication: Excessive nutrients from agricultural runoff or sewage can cause the overgrowth of algae and cyanobacteria, leading to oxygen depletion and the elimination of various plankton species.
pH alteration: Changes in water pH due to pollution or other influences can make it impossible for various plankton species to survive.
Sampling: Improper sample collection can cause problems. Some contributing factors include choosing locations that do not accurately represent the environment, such as areas with low biological activity, using inadequate techniques (like inappropriate nets), or collecting an excessive or insufficient volume of samples, which can lead to inaccurate results. Additionally, if there is no care in preserving the samples, this can also affect the results, causing underestimation or overestimation of plankton presence, compromising the real assessment of the aquatic ecosystem’s health.
Heavy rainfall: Excessive precipitation can affect water quality and plankton populations. It can increase surface runoff, bringing sediments, pollutants, and nutrients like agricultural fertilizers into water bodies. This can alter water transparency, pH, and nutrient concentration, directly affecting plankton. Additionally, heavy rains can cause sudden fluctuations in temperature and oxygen levels, negatively impacting sensitive species.
The preservation of plankton is essential to maintaining the ecological balance of aquatic environments. The absence of these organisms can lead to collapses in food chains, impacting biodiversity and ecosystem health.
Remember: taking care of water is taking care of life!