Quantificação e Integridade de DNA, quais seus impactos para ensaios genéticos?
Os ensaios envolvendo DNA estão se tornando cada vez mais comuns: PCR, genotipagem, CRISPR… mas pouco se fala de uma etapa essencial para esses ensaios. Antes de correr uma amostra no gel de acrilamida ou levar ao termociclador a Quantificação e Integridade da amostra se revelam ser fundamentais.
Atualmente existem diversas formas de verificarmos se uma amostra de DNA está adequada e sem esse simples processo o ensaio pode se tornar um tiro no escuro, pois não se sabe se o DNA está lá ou se o mesmo foi lisado. A falta dessa etapa acarreta principalmente em resultados falso-positivo e hoje vamos ensinar a você como fazer uma devida triagem da amostra de DNA:
Integridade: assim que terminamos a extração do DNA devemos botar o mesmo sem amplificar para uma rodada de eletroforese no gel de agarose, onde a amostra deve formar uma banda límpida sem os famosos “arrastes” e isso significará que a mesma não se quebrou em diversos pontos e não gerou “microfragmentos” de DNA. A falta de integridade da amostra pode gerar falsas amplificações, bandas de arraste, e falsos-negativos.
Quantidade: em geral é medida por equipamentos e todos usam a tecnologia de espectofotometria UV.Basta aplicar 1uL da amostra e o equipamento já trará resultados como a quantidade de DNA em ng/uL e a relação DNA/proteína mais conhecido como relação 260/280. Uma amostra de qualidade terá um total de DNA de no mínimo 200ng e uma relação 260/280 de 1.7 a 1.9 ou seja quase o dobro de DNA para proteínas. A baixa quantidade de DNA e o excesso de proteínas pode levar a uma má amplificação do DNA tornando assim a amostra inviável.
Recentemente o laboratório adquiriu um aparelho de quantificação NanoDrop (Thermofisher) e todos esses ensaios e triagens das amostras de Biologia Molecular agora podem ser feitas no Freitag Laboratórios. Recentemente foi aberto um novo serviço de Quantificação, Integridade e Relação 260/280 da amostra, tanto para dsDNA, ssDNA e RNA que pode ser realizado para outros laboratórios que trabalham com ensaios genéticos.
Autor: Ricardo Henrique Doring – Técnico responsável pela Biologia Molecular do Freitag Laboratórios